ROMEU — (a Julieta) – Se minha mão profana não merece o devido respeito, aceito a penitência: meu lábio, peregrino solitário, demonstrará, com sobra, reverência.
JULIETA — Ofendeis vossa mão, bom peregrino, que se mostrou devota e reverente. O encontro de nossas palmas já quase vale por um beijo.
ROMEU — Mas não haverá lábios desta donzela para os piedosos lábios deste peregrino?
JULIETA — Sim, peregrino, só para orações.
ROMEU — Deixai, então, ó santa! que nossos lábios façam o que fazem nossas mãos e mostre o caminho certo aos corações.
JULIETA — Posso apenas permanecer imóvel atendendo às nossas orações.
ROMEU — Então fica quietinha: eis o devoto. Enquanto recolho os frutos de minhas preces, em tua boca me limpo dos pecados. (Beija-a.)
JULIETA — Que passaram, assim, para meus lábios.
ROMEU — Pecados meus? Oh! Quero-os retornados. Devolve-mos.
JULIETA — Beijais tal qual os sábios.
(...)
3 comentários:
Lindo esse texto!
sem comentários
hehe
te amo pai
=*
E que o amor seja eterno enquanto dure!
Lindo!!!
Bjs
linda... essa foto é linda de morrer.. o texto então... hehehee nem falo nada!
sabe de uma coisa? acho que vc deveria escrever uma coisa bem alegre! as vezes falta um colorido.. apesar de tudo ser perfeito.. ninguém vive sem ele!
love
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