Por que me obrigas
A esperar teus passos
E a lembrar-te no espaço
Que nunca foi teu?
Não sei se é desejar-te,
Não sei se é amar-te,
Não sei se construo ou se desfaço.
E nem sei se te procuro,
Ou se me procuro em ti.
Porque sozinha me perco
E meus olhos se perdem de mim.
Ausência
24 de maio de 2007
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22 de maio de 2007
"Enquanto espero, escrevo uns versos
Depois rasgo"
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La Fée verte
20 de maio de 2007
A noite era verde absinto.
Tinham doce na pele,
Mel nos olhos,
E absinto nos lábios.
Sorriam, dançavam e cantavam a canção que sabiam.
E tinha um ruído tão bom aquele sorriso.
Um barulhinho tão bom que a vontade era de sorrir também.
Era feito de todos os cheiros e sentimentos e confusões.
E ele sempre sorria com o sorriso dela.
Amou-a até esquecê-la novamente.
A noite era verde absinto...
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Meu Belo Poeta
15 de maio de 2007
Meu belo poeta é meio menino, meio poeta.
Espalha versos ao longo dos caminhos durante o dia, e eu fico só a olhar. Todos os dias ele passa pela rua espalhando suas palavras, e eu fico só a olhar.
Bom mesmo é quando o menino-poeta para na minha porta pra me dar de presente um pouquinho das letrinhas que ele guarda em seu saquinho azul pendurado no ombro. É de lá que ele tira também um monte de estrelinhas e lança ao céu quando a noite chega. E o meu poeta nada diz.
Eu fico contando todas elas... porque sei que quando contar a última estrela, é hora do menino aparecer denovo na minha porta, me entregar mais alguns versos, e jogar mais um punhado de estrelinhas no céu. Mas o meu poeta nada diz.
Ah... eu não me importo com o seu silêncio. É menino de poucas palavras. Gosta mesmo é de usar as letrinhas do saquinho azul.
E quando ele chega perto de mim pra entregar os meus presentes, eu inspiro bem forte, abraço com todas as minhas forças todos os segundos que me restam, e nos escondemos num sorrisinho mudo e no segredo mais bonito. Os dois grudadinhos - olhar com olhar. Então ele vai embora, e novamente eu olho pro céu e começo a minha contagem, esperando vê-lo com o seu belo poetar mais uma vez... e denovo... e denovo... enquanto houver céu pra ele jogar suas estrelinhas!
Agora vou dormir, amanhã continuo a contar.
Parei na terceira constelação.
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Pouco me importa
10 de maio de 2007
Pouco me importa
se só terás de mim
o que não sabes.
Não me procures
na vaga dos teus dedos
de tuas mãos pedintes.
Nem no teu silêncio,
Nem no teu abandono,
Nem em toda ausência.
Não me procures.
Porque não quero perder-me mais.
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Espera
3 de maio de 2007
Ainda que outros braços te abracem
Ainda que minha espera seja longa
Ainda que sejas tão imprevisto
E tudo seja apenas lembrança
Quero-te por osmose
Debaixo da pele
Dentro da alma
Mas em mim.
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Gritos para Rebeca
Entre altos e baixos
Me abaixo e vejo por debaixo da saia
Devoro-te com os dentes e unhas
devo dar-lhe dor hoje.
Se quer assim.
Assim será
não faço por mim
se só assim me amará
Pede tapa, grito e dou
acaba o amor, beijo e dor
chega a hora e vou
sem lembrar de amor.
Que nunca recebi
de ninguém
nem mesmo de ti
meu bem.
Me ligue quando quiser
mas queira amor agora
querida se não o fizer
me viro e vou embora.
(Victor D.)
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