Tão fácil é amar-te,
afagar teus cabelos,
e lhe dar de sonhar,
que nada mais ousarei pedir-te.
Nada,
senão amor,
amor, e tudo.
Até morrer.
Pedinte
6 de dezembro de 2007
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Quando ganhei uma conversinha
3 de dezembro de 2007
-quer ser meu-tudo?
-eu?
-é!
-mas eu sou tão só-isso...
-não importa. o meu-tudo também não é lá essas coisas.
-não sei. ser o seu-tudo me assusta. é… o seu-tudo!
-é. mas você pode começar sendo meu-pouquinho... e aí depois quando você achar que deve, você vira o meu-tudo.
-hmm. ta bom!
-e aí você me avisa, porque eu preciso jogar os outros meus-pouquinhos fora, pra você caber todinho no meu-tudo. ta bom?
-ta bom!
-(…)
-ei, na verdade você já pode começar a jogar fora os seus outros-pouquinhos... Mas vai jogando devagar, que isso deve bem doer.
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Amor Noturno
27 de novembro de 2007
O meu amor tem a cor das madrugadas
feito ar a apertar-me os ossos,
ou um frio, a gelar minh'alma inteira.
Meus verbos estão em cinzas,
e já não sabem nomear a falta,
destes olhos que nem sei mais.
E eu, farta de tremer,
fico assim, miudinha,
a olhar-te em silêncio.
Mas peço apenas
que não te leve de volta, o vento,
enquanto for encantado.
Já não é preciso ter saudades.
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six hundred miles
26 de outubro de 2007
Being apart has been hard. A lot of times I seem to get lost in my own thoughts.
I kno that I won't have my wake up and goodnight calls anymore...and when you care about someone as much as I do about you, it's a very hard thing to get used to.
I find myself missing you so often...no matter what I'm doing...but sometimes walking away is the best thing that we can do… for ourselves.
Speaking of goodnight, it's time for me to get some sleep...or try to anyway.
Six hundred miles from your heart.
Miss u, love...
Gnite all.
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E por fim, deu-lhe o nome de Amor
9 de outubro de 2007
E por fim, deu-lhe o nome de Amor
e a fez transbordar de brilho e carinho.
Se asas não tiveres,
ao menos olhe em minha direção,
e meus olhos tão inquietos
estarão a fitar-lhe o encanto.
Se lhe pareço distante e peregrino,
peço apenas que rume ao meu alcance,
sem pausa nem descanso,
em tuas madrugadas de ninguém.
Será tua, toda a minha alma.
Conhecerás meu coração,
como conheces cada entranha do mar
onde te deitas todas as noites.
Eu te darei o nome mais lindo,
e tão sincero serei ao chamar-te,
que meu grito ecoará em todo o céu
por milhões de anos-luz.
Os dois, juntos, passaram à longas conversas
E uma alegria, que não sabiam resistir.
Ele, correndo pela areia macia,
e ela pairando no céu estrelado.
E assim foi a noite.
Breve, como sempre é
o tempo da felicidade.
Serás tu, aurora, a despontar em meus olhos?
Serás tu, a trazer-me o pranto do amanhecer,
e a roubar-me a beleza que a noite me traz?
Não agora, eu imploro!
Assim como veio, tão veloz a noite se foi.
E mais uma vez, a estrelinha sorriu,
e desapareceu...
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25 de setembro de 2007
I remember the time I firts saw you....the sky was so dark that night! I met you and you said "Hey, there's somethin' on your lips!" ...nd you stole me a kiss.
I could look into those smilin' eyes forever...but now it's time to leave. Oh m'God... why the best thing to do hurts so bad?!
-Tell me we're gonna be ok?!
-We're Gonna be ok. I promise
....It might not look so ok, but we'll survive, after all...
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Versinho de Luzia à Seu Ferraz
20 de setembro de 2007
Não há no mundo, alguém que um dia,
me fez o bem que ele me faz!
Vendo que eu amo poesia,
me deu Vinicius de Moraes!
O versinho, o que dizia?
"Que forma a tua! bela demais!
Deve de ser que ocê, um dia,
vai ser só minha, de ninguém mais!
Eu te amo, minha Luzia
eu te amo por demais!!"
Ah! se há na vida uma alegria,
é ser o amor do meu rapaz!
Assinado: Ana Luzia
Com amor ao meu Ferraz!
---------------------------------------------------------------------------
"Tua forma é outra: bela demais,
talvez, para poder ser totalmente minha.
(...)
E eu te amo
de morrer. "
(Vinicius de Moraes)
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Mandamentos
14 de setembro de 2007
Ouça o inaudível canto da minha poesia.
Cala-me com cada beijo, e ao meu cantar.
Deixa que se possa tocar, meu arrepio,
Sensíveis que estão os meus sentidos e os teus.
Guarda-me, que tenho em mim um amar tão puro,
e tão grande, quanto a minha teimosia.
Fica, até que o sonho, a sorrir em nossos rostos,
se confirme nos teus olhos e nos meus.
E sobretudo, faz-me forte, assim como és.
Ensina-me a vida, com teu respirar tão sereno,
teus abraços longos, e teu canto mais bonito.
Seremos, então, tudo isso. Talvez mais.
Decerto mais...
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Bedtime Dialogue
11 de setembro de 2007
-Have I ever told you I love you?
-No.
-I do.
-Still?
-Always.
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Sem Título
10 de setembro de 2007
Bom mesmo é poetar sem meta:
pequenos rodopios de palavras,
escondidas numa frase completa.
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Sobre a delicadeza...
7 de setembro de 2007
E foi assim, no meio de cores livres e tontas,
que fizemos o nosso mundo secreto:
cheio de querer e encatamento,
de amar em sossego,
de estar sempre e em todo lugar.
Simples, como a palma das nossas mãos,
e deliciosamente terno, como deve ser.
Somos esta eterna saudade, esta impaciência,
esta ânsia de sermos tão imediatos,
e de prendermos o tempo
nos nós dos nossos dedos entrelaçados.
Mas somos, por vezes, tão frágeis,
que tenho medo de não mais existires
no amanhecer dos meus dias seguintes.
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Conselhos de Hilda
29 de agosto de 2007
Dorme, coração, que logo é dia!
Dorme, que a saudade é breve,
o amor, tão leve,
e a canção, tardia.
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Minguante
8 de agosto de 2007
Amor de lua!
Eis que duas almas se despedem:
A minha, da tua.
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É preciso saber amar...
1 de agosto de 2007
A minha vida toda pensei que, amando em silêncio, eu seria compreendida. Achava até que todo o amor do meu coração, tão grande que é, poderia ser ouvido à distância.
Nunca tive coragem de dizer tudo que eu sentia. Transformava em poesia todo o meu sofrimento, todas as palavras que não saíam da minha boca quando eu estava diante dele, parada, encarando aqueles olhos que eram tão doces...
Todos os meus poemas foram pra estes olhos. Todos! E eu acreditava que eles me entenderiam. Fiquei escrevendo poemas tolos, e achava que assim, ele poderia me amar também. Ah! Eu não sabia mesmo nada da vida! Acho que nós dois nunca soubemos...
Talvez a minha falta de voz o tenha feito pensar que tudo que vivemos foi apenas um vôo raso, de dois adolescentes que só queriam aproveitar a vida. Pra mim não foi! Eu ofereci a ele o melhor de mim, mas nunca disse sequer uma palavra. Fiquei calada, amando cada pedacinho dele (e tenho todos eles decorados!), mesmo quando as noites não eram pra mim.
Na verdade as noites nunca foram pra mim. Algumas vezes até ganhei algumas horas, e foram tão poucas que posso contar nos dedos de apenas uma das mãos. Mas eu sempre esperava ansiosa pelos nossos segundos... Só eu sei como eu esperava.
Eu esperei muito tempo. Esperei que ele entendesse meus poemas, meu silêncio e todo o meu amor, mas isso nunca aconteceu. E eu sei que a culpa foi minha, mas ele também não fez o menor esforço pra ter de mim minhas tímidas palavras.
Nós fomos distraídos demais....
É...eu preciso aprender a amar direito...
"Que a boca da mulher é sempre linda
Se dentro guarda um verso que não diz!
E nesse beijo, Amor, que eu te não dei
Guardo os versos mais lindos que te fiz!"
(Florbela Espanca)
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Poema de Despedida
31 de julho de 2007
Escrevo aqui a minha dor.
Vontade de chorar em poesia,
Toda a saudade da minha alegria
E o triste fim do meu amor.
Amar é triste e vão.
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Meu Som
28 de julho de 2007
O que eu amo mesmo,
desde pequena,
são as caixinhas de música.
Aquelas com uma bailarina rodopiando
e um som lindo de...
...de caixinha de música.
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Pensamento rápido sobre mistérios da vida....
26 de julho de 2007
Como posso gostar sem entender o que eu gosto? fui clara? rs
Quando digo gostar, pode ser gostar de alguém, gostar de algo, gostar de qualquer coisa!
(confesso que estou ha 2 dias pensando nisso...)
Tentei escrever um texto. Na verdade, escrevi. Enorme! Depois olhei pra ele... li mais uma vez.... e vi que tudo o que eu tinha eram linhas e mais linhas dizendo a mesma coisa! escrevi, escrevi e não expliquei nada!
Então resumi tudo em um exemplo simples:
Não preciso entender a noite, o dia e toda beleza do mundo pra sentí-los e saber que me fazem bem. Apenas tenho prazer em admirá-los, ainda que misteriosos.
entenderam???
Talvez seja esse o segredo do meu encantamento: sempre gostei de tudo o que desconhecia...
" Só que de vez em quando vem a inquietação: quero entender um pouco. Não demais: mas pelo menos entender que não entendo." (Clarice Lispector)
Alguém se arrisca a responder????
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Sonho Meu
24 de julho de 2007
Pudera eu te ter atento a mim,
ainda que em pedaços.
Quisera eu te cuidar da alma,
olhar-te anoitecer,
e te amar pelo cantinho dos meus olhos.
Protegendo-nos da vida, simplesmente.
A sonhar de leve,
existindo aos poucos,
livres e eternos.
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Eu queria trazer-te uns versos muito lindos...
23 de julho de 2007
Eu queria trazer-te uns versos muito lindos
colhidos no mais íntimo de mim...
Suas palavras
seriam as mais simples do mundo,
porém não sei que luz as iluminaria
que terias de fechar teus olhos para as ouvir...
Sim! Uma luz que viria de dentro delas,
como essa que acende inesperadas cores
nas lanternas chinesas de papel!
Trago-te palavras, apenas... e que estão escritas
do lado de fora do papel... Não sei, eu nunca soube o que dizer-te
e este poema vai morrendo, ardente e puro, ao vento
da Poesia...
como
uma pobre lanterna que incendiou!
(Mario Quintana)
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Poeminha que ganhei...
"Sua beleza é como estar e não ser.
Te ver é como prantear sem dor a alegria,
Em um sorriso de tantas cores,
Que ilumina com novo brilho toda a criação.
Sublime é contemplar-te os movimentos de nuvem
e penugem de cisne,
córregos de águas claras,
e sede nunca saciada."
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Canto Mudo
16 de julho de 2007
Fosse meu grito um vento forte,
O faria alcançar teu ouvido
Nos dias que não são meus.
Mas meu grito é melodia doce
E meu canto, som imperfeito,
Acordes sem valor algum.
Mantenho-te, assim, tão meu
Que jamais te amaria em voz alta.
Tão grande é o medo que tenho,
Tão breve o amor que ganhei.
E no fim, não seremos nada
Não teremos mais nada,
Além deste canto mudo,
que em minhas linhas te dei.
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Sobre o Cansaço
7 de julho de 2007
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O Chão é Cama
4 de julho de 2007
O chão é cama para o amor urgente,
amor que não espera ir para a cama.
Sobre tapete ou duro piso,
a gente compõe de corpo e corpo a úmida trama.
E para reposar do amor, vamos à cama.
(Carlos Drummond de Andrade)
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Poeminha
28 de junho de 2007
Que a Lua guarde o nosso segredo
e cada pedaço de encanto no ar.
Enquanto isso, ficarei aqui:
se mil Sóis a te esperar,
mil Luas a te poetar,
pois não durmo enquanto amo;
faço uma coisa por vez!
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Silêncio
25 de junho de 2007
Chiu! Não diga nada!
Fica aqui comigo, respirando,
Cumprindo a missão de me amar!
Vamos ficar assim, silenciosos,
esperando o nosso tempo passar.
Seremos apenas nós:
eu, você e o silêncio.
Nesta noite, e na outra, e sempre.
tic tac tic tac tic tac tic tac... chiu!
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Amor Poeta
22 de junho de 2007
Sinto-te nas coisas mais simples;
e, nas coisas mais simples,
o sopro de um amor presente.
Todo poeta, amor meu, todos eles
fazem rimas com lágrimas puras,
lágrimas de amor ausente,
nascido pra amar depois.
E eu não darei, amor meu,
a outro alguém, o meu carinho
que te amou devagarinho
no tempo em que éramos dois.
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Divagando...
21 de junho de 2007
Amo-te com palavras,
frases soltas de saudade
perdidas na minha dúvida.
Assim amam os loucos,
e os que têm medo de errar.
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20 de junho de 2007
Dei tudo.
Despedacei tudo.
Como naquele abraço.
O último.
*Como era deliciosa a risada macia e inocente do moleque apimentado...
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Perdão
19 de junho de 2007
Perdoa, amor.
Perdoa o meu silêncio,
por não saber falar dos seus encantos
que, agora, pertencem a outra história,
a outro amor. Suponho.
Eu, que sou medo de amar,
me acostumei a esperar
e agora, enquanto espero,
recolho minhas rimas
e guardo na minha saudade.
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Night Dialogue
11 de junho de 2007
-Take the phone off the hook.
-Why?
-Turn the lights down low.
-Where are we going?
-We're runnin' away...
-...
-Do you trust me?
-I trust you.
-You sure?
-Yes.
-Now close your eyes...give me your hands.... and think of nothing more. Are you afraid?
-I'm with you.
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Erro de Sintaxe
9 de junho de 2007
Eu não me pontuo
Vivo tudo sem vírgulas
Sem ponto final
Tudo intenso
Tudo de uma vez
Tudo sem respirar
Estas unhas compridas
Este vestido vermelho
Este salto alto
São bastidores.
Meus bastidores.
Meus budas ditosos.
Pra poucos e bons
Pra honestos e corajosos
Pra homens de verdade.
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PS.:
Vc não pode trabalhar com a idéia de que eu não tive tempo de te dizer nada?
Pra quem eu ia falar? Pro bilhete que você me deixou?
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A Menina e o Vento
4 de junho de 2007
Onde já se viu nesse mundo uma menina se apaixonar pelo vento?
Muito prazer senhores!
Êta vento danado é esse que eu fui arrumar... vento fujão! Corre sem parar! Todas as tardes - e nas noites também - corre pra longe, pra lá da lua! Corre até fazer a curva nas montanhas do outro lado da minha casinha.
É que meu ventinho gosta de ser livre, mas de vez em quando ele me aparece!
-Oi Seu Vento! O senhor demorou demais! Tô aqui há muito tempo esperando! Já era hora né?!
-Me perdoe minha menina, mas Vento não tem hora pra soprar! Vento sopra na hora que dá! E não posso me demorar! A noite é minha dona, e não gosta que eu fique por aí muito tempo...
Ah que delícia é sentir o ventinho! Tão bom que não penso em mais nada... só no carinho que ele faz na minha pele branquinha, passa pelos meus cabelos (ele adora bagunçar os meus cabelos!) e vai me arrepiando em cada cantinho por onde passa!
Então chega a hora do fujão partir. Ele sai correndo denovo, pra além do alcance dos meus olhos de saudade... pra além da minha vontade de não deixar que ele fuja denovo de mim.
Dá vontade de quardá-lo num potinho pra que ele fique sempre do meu lado... Na verdade, eu queria q meu ventinho viesse sempre.
Ah ventinho.... faz assim não! Acaba logo com esse demora, que esse meu coração de menina já esperou por demais...
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Ausência
24 de maio de 2007
Por que me obrigas
A esperar teus passos
E a lembrar-te no espaço
Que nunca foi teu?
Não sei se é desejar-te,
Não sei se é amar-te,
Não sei se construo ou se desfaço.
E nem sei se te procuro,
Ou se me procuro em ti.
Porque sozinha me perco
E meus olhos se perdem de mim.
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22 de maio de 2007
"Enquanto espero, escrevo uns versos
Depois rasgo"
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La Fée verte
20 de maio de 2007
A noite era verde absinto.
Tinham doce na pele,
Mel nos olhos,
E absinto nos lábios.
Sorriam, dançavam e cantavam a canção que sabiam.
E tinha um ruído tão bom aquele sorriso.
Um barulhinho tão bom que a vontade era de sorrir também.
Era feito de todos os cheiros e sentimentos e confusões.
E ele sempre sorria com o sorriso dela.
Amou-a até esquecê-la novamente.
A noite era verde absinto...
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Meu Belo Poeta
15 de maio de 2007
Meu belo poeta é meio menino, meio poeta.
Espalha versos ao longo dos caminhos durante o dia, e eu fico só a olhar. Todos os dias ele passa pela rua espalhando suas palavras, e eu fico só a olhar.
Bom mesmo é quando o menino-poeta para na minha porta pra me dar de presente um pouquinho das letrinhas que ele guarda em seu saquinho azul pendurado no ombro. É de lá que ele tira também um monte de estrelinhas e lança ao céu quando a noite chega. E o meu poeta nada diz.
Eu fico contando todas elas... porque sei que quando contar a última estrela, é hora do menino aparecer denovo na minha porta, me entregar mais alguns versos, e jogar mais um punhado de estrelinhas no céu. Mas o meu poeta nada diz.
Ah... eu não me importo com o seu silêncio. É menino de poucas palavras. Gosta mesmo é de usar as letrinhas do saquinho azul.
E quando ele chega perto de mim pra entregar os meus presentes, eu inspiro bem forte, abraço com todas as minhas forças todos os segundos que me restam, e nos escondemos num sorrisinho mudo e no segredo mais bonito. Os dois grudadinhos - olhar com olhar. Então ele vai embora, e novamente eu olho pro céu e começo a minha contagem, esperando vê-lo com o seu belo poetar mais uma vez... e denovo... e denovo... enquanto houver céu pra ele jogar suas estrelinhas!
Agora vou dormir, amanhã continuo a contar.
Parei na terceira constelação.
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Pouco me importa
10 de maio de 2007
Pouco me importa
se só terás de mim
o que não sabes.
Não me procures
na vaga dos teus dedos
de tuas mãos pedintes.
Nem no teu silêncio,
Nem no teu abandono,
Nem em toda ausência.
Não me procures.
Porque não quero perder-me mais.
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Espera
3 de maio de 2007
Ainda que outros braços te abracem
Ainda que minha espera seja longa
Ainda que sejas tão imprevisto
E tudo seja apenas lembrança
Quero-te por osmose
Debaixo da pele
Dentro da alma
Mas em mim.
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Gritos para Rebeca
Entre altos e baixos
Me abaixo e vejo por debaixo da saia
Devoro-te com os dentes e unhas
devo dar-lhe dor hoje.
Se quer assim.
Assim será
não faço por mim
se só assim me amará
Pede tapa, grito e dou
acaba o amor, beijo e dor
chega a hora e vou
sem lembrar de amor.
Que nunca recebi
de ninguém
nem mesmo de ti
meu bem.
Me ligue quando quiser
mas queira amor agora
querida se não o fizer
me viro e vou embora.
(Victor D.)
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Sussurros pra Victor
28 de abril de 2007
E me despirá, como quem desembrulha um presente. E eu despirei o teu corpo que desejo. O teu corpo que preciso. Então direi baixinho no teu ouvido, com toda a raiva que sinto por não resistir mais uma vez ao teu veneno:
- Hoje eu te mato
E você dirá:
- Me matará de amor.
E eu acenderei mais um cigarro.
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27 de abril de 2007
Sorrio.
Sou rio.
E atravesso oceanos.
Como a poesia vence o tempo e combate os anos.
Escuto música com os poros da pele.
Danço.
Sou só uma andorinha! Assim, bem feliz!
"E louco é quem me diz que não é feliz."
Eu sou.
Louca.
Feliz.
Tudo ao mesmo tempo!
Agora só quero, quando a noite chegar, contar carneirinhos até que o sono venha!
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Bonequinha
25 de abril de 2007
Perdida entre as pernas, os pincéis e a poesia...
Espremo-me, analiso-me e amarroto meu vestidinho
Atrás dos comos, dos porquês e do começo
Mas de tanto olhar pro fundinho
Quase me viro do avesso!
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Não-oficial
22 de abril de 2007
E eu, malabarista que sou
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Confissão
19 de abril de 2007
Alguma coisa em mim quer acontecer
Como a brisa fresca que alivia o corpo
Em nossos dias quentes e madrugadas insones.
Mas há em mim um soneto inacabado.
E eu não sei se me perco ou se me acho. De vez.
Porque tenho medo. Porque não quero saudade.
E a indecisão é quando você sabe o que quer,
Mas acha melhor querer outra coisa...
E o que eu queria era ter você inteiro.
Como quem avança no mar e se esquece do fundo.
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Meu Canto
16 de abril de 2007
Ah, meu querido! Dou-te o que sempre quis!
O que tuas mãos me pedem com carinho,
Os beijos da tua boca que nada diz,
E todas as tuas palavras que adivinho.
E calamos um ao outro.
Eu, motivo. Tu, razão.
E sentimos um do outro.
Tua a pele. Minha a mão.
E sempre ao fim da madrugada,
Já nem me lembro quem sou.
Pois destes lábios não ouço nada,
Senão palavras que te dou.
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Como a poesia ou o amor
4 de abril de 2007
Gosto da falta de propósitos e do imprevisível aconchego da surpresa.
Gosto do agora, da presença, da ausência que não dói
E de tudo que desconheço.
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Trajetória
30 de março de 2007
Segui o brilho do seu corpo iluminado de suor e luar.
Eu o tocava... e era lua que eu sentia
E era quente em seus braços, e era quente em teu peito
E era quente em suas pernas.
Então pediu no meu ouvido esperas e pausas,
Falou de ritmos e marcou compassos
E eu o ouvia, e eu o seguia, e eu o esperava.
Era senhora do teu corpo, e febre dentro de mim.
E nós, com a mesma urgência,
E nós, com a mesma pressa,
Chegamos ao destino
Que era o meu e o seu.
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Só às vezes
26 de março de 2007
Por vezes, só às vezes, paro nas palavras
E fico ( só ás vezes) pendurada nas lembranças
De um sonho que se perdeu dos azuis voláteis
Sem cor.
Por vezes , só às vezes, estremeço ou esqueço tudo
E volto (só às vezes) a acordar no olhar que já vivi,
Pois há em mim uma revolta de existir,
De persistir.
Queria, na exaustão de mim, esquecer-te.
E por vezes (só por vezes) até me esqueço.
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22 de março de 2007
Mandou o vento apagar todas as luzes da cidade e apenas as estrelas, que chegaram pra fazer companhia à lua, iluminavam o leito coberto por um véu tão branquinho, tão macio, e tão suave quanto as nuvens lá do céu. Pediu também que a rua ficasse em silêncio, pra que só ouvissem as batidas dos corações apaixonados.
Ele a olhava como se tentasse descobrir o segredo mais bem guardado por trás daqueles olhinhos que brilhavam tanto. E que foram se fechando, e o coração se acalmando, até que ela adormeceu. Com um sorrisinho dengoso no canto da boca...
Então ele beijou os olhos de sua menina, para que ela sonhasse o sonho mais belo que jamais sonhou. Abraçou-a, para que nenhuma brisa fria da noite atrapalhasse seu sono e deu-lhe a mão, para ter certeza de que tudo continuaria ali do seu lado, para sempre.
E adormeceram.
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21 de março de 2007
É como se uma telinha de alegria caísse sobre mim e me abraçasse inteirinha!
E minhas mãos, antes ansiosas e aflitas, agora estendem-se gentis e tranquilas ao que vier.
E ao sorriso que por vezes aparece no meu rosto sem que eu ao menos o tenha chamado - sorriso danado! - pode ficar à vontade!
E sabem até onde ele vai?
Até ali, depois daquele risquinho que separa o céu da terra, o céu da água.
Logo ali!
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Capítulo 6
19 de março de 2007
Postado por Rebeca Rezende 3 comentários
Eu espero...
E eu esperarei paciente,
Ate que se cumpra o que me falta,
Ate que o beijo seja dito
E as palavras sejam beijadas.
E tudo se complete no infinito
De um breve abraço teu.
Postado por Rebeca Rezende 2 comentários
17 de março de 2007
Não é só por te ter dito adeus dentro de mim!
É mais do que isso.
É mais vazio …
É mais incompreendido…
É mais rio…
A minha nudez foi concebida para ser amada e não apenas para ser simpática, adorada ou querida.
Postado por Rebeca Rezende 2 comentários
Mesmo Assim
15 de março de 2007
Com a paixão desmedida dos poetas.
Ainda assim me encanto...
Postado por Rebeca Rezende 3 comentários
bailinho
14 de março de 2007
Ele esticou sua mão como se oferecesse o mundo inteiro àquela menina! E a abraçou como se abraçasse todo o tempo do mundo. E cantou...cantou contra o seu peito que escondia um coração batendo tão rapidinho que era impossível disfarçar!
Ela poderia ter dançado a noite inteirinha que seus pezinhos número 36 jamais reclamariam.
"She... Maybe the face I Can't forget... (...)"
Postado por Rebeca Rezende 2 comentários
CERTEZA!
11 de março de 2007
De tudo fiacaram três coisas:
A certeza de que ele esta sempre começando...
A certeza de que era preciso continuar...
A certeza de que seria interrompido antes de terminar...
Fazer da interrupção um caminho novo...
Fazer da queda um passo de dança...
Do medo, uma escada...
Do sonho, uma ponte...
Da procura, um encontro...
(Fernando Sabino)
Postado por Rebeca Rezende 1 comentários
What are you waiting for??
24 de fevereiro de 2007
Sei que "saber esperar" é uma virtude... mas, daí a ser tomada como pessoa "paciente" vai um passo! Nunca acreditei que quem espera sempre alcança mas também não chego ao extremo oposto do "quem espera, desespera!".
O tempo existe. E existe para ser respeitado.
Essa espera faz com que a situação em si ganhe um paladar novo e incomparável.
Acho que estou em um... eh... pleasure delay... (???) rsrsr
Pleasure delay.
OK.
It might be nice... but sometimes, it just kills me!!!
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Vício
12 de fevereiro de 2007
Quero mais beijo roubado,
Olhar nos olhos, sorrir de lado!
Porque um só beijo é tentação,
Faz querer mais, perder a razão!
Quero o teu corpo que eu tinha,
Na cama que agora é só minha.
De desejo, de beleza e verdade,
De lua, de fogo e saudade.
Nada era mais nu ou parecido,
Naquele nosso mundo perdido.
Nada era mais doce e eram só meus,
O carinho, os abraços e os beijos seus.
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A Bailarina
Era bailarina,
De sorriso tímido
E alma sem fim.
Queria dançar todas as vontades,
cobrir o salão com seus rodopios,
provocar suspiros, arrepios,
ou apenas sonhos e saudades.
Ou não provocar nada.
E ser apenas a menina,
Profana ou sagrada.
E só o tempo da menina,
Pra achar alguém no ritmo
E fazer ajuizar
A estrela bailarina.
Então ela dançaria todas as danças,
Cantaria todas as canções,
E amaria todos os amores.
Sem medo.
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Primeiro soneto da menina
Sou garota sapeca, mulher, menina,
Moça do coração sonhador.
Pulo corda, amarelinha e faço rima,
Mas quero mesmo é brincar de amor.
Sou dona da rua, do mundo, sou tua,
Meu riso é fácil, de vida sem nó.
Me dê o sol, ou me leve à lua,
Nem que seja um pouquinho só.
Só não me faça nenhuma maldade,
Porque na vida de toda menina,
Também tem choro e vontade.
E nesse mundo de paixões passageiras,
Você só vai ganhar amor assim
Do céu, do mar e de mim.
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Mar, Lua e Você
Acho que nasci na temporada dos furacões,
Quando o mar bravo engole a lua cheia.
Época em que até o mais triste dos corações
Só de olhar pro céu ja se incendeia.
Gosto de noite longa, clima quente.
Preciso sentir alguns lábios nos meus.
E tornar todo o tempo da gente,
Deliciosa algazarra nos braços teus!
E no meio de toda confusão,
O que eu mais quero é saber
Do que é feito o meu coração:
-de mar, de lua ou de você.
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Versos sem rima
De você, menino dos olhos de mel,
Quero tudo, quero-te pleno,
Quero-te todo, sem receio e sem pudor.
Quero teu peito, quero teu beijo,
Cada vez mais, e à vontade...
E no calor do teu abraço, quero todo o teu desejo.
Você, que quando menos espero,
Já desvendou meus segredos e medos.
Como consegue isso tudo de mim? Não sei...
Gosto de sentir seus olhos em mim quando me distraio.
Cheios de vontades, suaves, dengosos...
Como se me contornassem os sentidos.
E do encontro ficou a vontade,
Por entre olhares, chamegos e sorrisos,
De ganhar a sua boca.
E é assim, nesses versos sem rima,
Que minhas palavras pulam de mim, riem de mim.
Risos e músicas que precisam de você...
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Delícia!
5 de fevereiro de 2007
Ai que noite gostosa!
Roubaram-me o medo!
Deram-lhe cetim de bailarina,
E babado carmim de melindrosa.
E pelo menos até o amanhecer,
Nao tenha pressa de me soltar!
Pode até murmurar um adeus,
Mas só depois que eu adormecer...
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Esclarecimento
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